"Ora a teu Pai que está em
secreto."
Diretrizes para
o viver cristão.
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Ética fala dos valores morais
e princípios ideais do comportamento humano. Aquilo que pertence ao caráter.
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Sermão do monte: o mais excelente código de ética.Código de um Reino
governado pelo Rei e seus súditos são chamados à obediência e a uma vida
firmada nEle ,a Rocha.
1-AS BEM-AVENTURANÇAS-O CARÁTER DO CRISTÃO. (Mt:5:1-12)
·
O Sermão do Monte começa com as
Bem-Aventuranças, oito declarações paradoxais.(Contrárias à opinião comum.)
·
Desde a queda do
homem, as pessoas perderam a noção da verdadeira
felicidade. Davi ao
declarar "Minha alma tem sede de
ti; meu corpo te almeja, numa terra árida, exausta, sem água" (Sl.
63.1), expressou com maestria a
necessidade que cada pessoa tem de Deus. Há
um convite a experimentar o mais sublime
relacionamento com Deus.Um vazio onde tudo que o homem busca será
incapaz de satisfazer sua necessidade essencial, deixando-o irrealizado e
derrotado (Ec. 5:10-11).
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São chamados de Bem-aventurados(felizes)
os pobres de Espírito/os que choram/mansos/têm fome e sedejustiça/misericordiosos/pacificadores/sofrem
perseguição pela justiça/sofrem injúria e perseguição por causa da justiça.
·
As
Bem-Aventuranças são um quadro composto daquilo que cada cidadão do reino
deve ser; elas apontam a diferença radical entre o reino do céu e o
mundo dos que não servem a Cristo. Elas não são para todas as pessoas.
Falam exclusivamente de qualidades espirituais. Jesus
está claramente esboçando um reino que não é deste mundo (Jo 18:36), um reino
cujas fronteiras não passam através de terras e cidades, mas através dos
corações humanos (Lc 17:20-24).
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As duas últimas bem-aventuranças falam que o mundo pecador não suporta a
retidão e se rebela contra os que a evidenciam.
· Assim como a luz dispersa a escuridão e
mostra as coisas como elas são a vida do verdadeiro cristão denuncia o
pecado que campeia na humanidade, por isso os pecadores odeiam os justos.
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Em dias de provação os cristãos devem tomar o exemplo dos que
já foram perseguidos e que não retrocederam e confortar-se com as
palavras de Cristo: "Regozijai-vos
e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus,". V:12
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Conservar a lealdade para Deus mesmo diante das perseguições
e da iminência de perder a vida por causa de Cristo se constitui a maior prova
de amor a Deus.
· O cristão sincero não pode esquecer os alicerces sobre os quais se
ajustará o edifício da retidão: a humildade, a pureza de consciência e a
modéstia.
· Os ensinamentos que se seguem no Sermão do Monte, podem ser considerados
como o desenvolvimento dos princípios espirituais, trabalhados nas
Bem-aventuranças.
2-INTERPRETANDO A LEI PARA O REINO-A
INFLUÊNCIA E A JUSTIÇA DO CRISTÃO.(Mt: 5:13-16)
· No mundo antigo o sal era muito valioso e muitas vezes era usado
como dinheiro e, na falta de refrigeração o sal era usado na conservação
dos alimentos.Assim deve ser conosco, o cristão é tão diferente dos
outros como o sal faz a diferença no alimento onde é colocado.Somos
chamados como um purificador, para proteger a sociedade da inversão de
valores e da degeneração moral.
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A palavra luz no sentido mais amplo se aplica a Jesus Cristo, Aquele que
ilumina as pessoas. Os servos de Cristo refletem a Sua perfeição, assim,
podem ser chamados de luz, pois a vida honrada, como uma vela no castiçal
ou uma cidade no topo de uma montanha jamais passará despercebida e causará
impacto benéfico na sociedade. O testemunho fiel dos cristãos denuncia o
pecado e promove a propagação do Evangelho de Jesus.
·
Assim, os cristãos não podem e não devem se esconder, mas viver em
lugares onde o brilho da sua luz seja evidente, a fim de que a glória e louvor
sejam dados somente àquele que doou a luz.
· As Medidas certa de
Honestidade-(17-48)Os judeus acostumados a ouvir discussões a respeito dos
cerimoniais, talvez pensassem que Jesus estivesse pregando uma nova
doutrina, diferente da Lei de Moisés, mas, Ele não ensina nada de novo,
apenas desvenda o significado mais profundo dos mandamentos que o povo
já conhece. A preocupação de Jesus ao proferir o Sermão do Monte não era
com a lei, mas com as perversões que os fariseus faziam dela.
·
Jeremias predisse o Senhor haveria
de colocar na “mente” dos homens e lhas “inscrever no coração” quando
estabelecesse um novo pacto com eles (ver Jeremias 31.33). “Mas esta é a aliança que
farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a
escreverei no seu coração; e eu serei
o seu Deus e eles serão o meu povo” Jeremias
31:33
·
Quanto ao amor Jesus
chama a atenção, dizendo que o amor ao próximo é tão elementar e tão fácil de
ser praticado que até os pecadores são capazes para tanto.v:20
· Jesus chama a nossa atenção aos sentimentos maldosos, ira e
ódio, que levam alguém a insultar, humilhar e até matar
alguém. Chama a atenção para os desejos pecaminosos que devem ser rejeitados
assim que aparecem, antes que tenham a oportunidade de dominar a mente e
a vontade.v:22-24
·
Jesus ao ordenar o perdão e nos proíbe de vingar nossas ofensas pessoais,
mas a uma violação explícita das leis de Deus, que leva a tentação ao pecado,
ele ordena que combatamos com firmeza (Mt. 18:15-17).
· Jesus sabendo da dificuldade que temos em resistir às tentações, ele nos
ensina a sermos implacáveis conosco mesmo: "Se o teu olho direito te leva ao
pecado, arranca-o e atira-o longe de ti, porque é preferível que percas um dos
teus membros, a ser todo o teu corpo atirado ao inferno" (5:29),
ou seja, se alguma pessoa ou alguma coisa, mesmo que sejam tão valiosas
quanto a visão ou as mãos, podem nos levar ao pecado então devemos nos desfazer
dessas coisas ou rompermos com essa pessoa.
· Sobre matrimonio e divórcio Jesus explica que o matrimonio cumpre um
divino mistério no qual marido e mulher se tornam uma só carne: “o que Deus uniu o homem não
separe!" (Mt 19:6);
·
Em 5:48 determina que sejamos perfeitos como Ele
o é.
3-A PIEDADE NO REINO: AMOR,ORAÇÃO E JEJUM (MT:6:1-18/7:7-12 )
· Não há dúvida quanto ao cuidado de Deus pelos pobres; Êx. 23.11 e Lv. 19.9-10/(Sl 41.1)/ Pv.
21.13),.Ele requer de nós que façamos o bem desinteressadamente, e
não para o nosso proveito ou honra.A prática de boas ações com o interesse de
serem reconhecidos e isso os tornava hipócritas.( desleal;
falso; fingido)
·
Jesus alerta seus seguidores sobre a falsa devoção e
chama-os para agradar a Deus de coração com o propósito de louvar a Deus,
merece recompensa (veja Mt. 6.1).
· As obras por si só não salvam; é necessário
ter um relacionamento genuíno com Jesus. No dia do julgamento, muitos
exclamarão: “Senhor, Senhor!” e apelarão às suas ações. Cristo responderá: “Nunca
vos conheci”
·
O poder da oração está na sinceridade e na fé, com as quais a pessoa
se chega a Deus.
· Tem a mesma importância dada à oração e ao ato de dar esmolas,
é dada ao jejum.A oração do crente(a oração modelo ), sincera e
completa em seu objetivo, traz em si os seguintes aspectos:
·
Reconhecimento da
soberania divina - Pai nosso, que estás nos céus,
·
Reconhecimento da
santidade divina - santificado seja o teu nome;
·
Reconhecimento da vinda
do reino no presente e sua implantação no futuro - venha o teu reino;
·
Submissão sincera à
vontade divina - faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
·
Reconhecimento que Deus
supre as nossas necessidades pessoais - o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
·
Disposição de perdoar
para receber perdão - e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores;
·
Proteção contra a tentação
e as ações malignas - e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal,
·
Desprendimento para
adorar a Deus em sua glória - pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.
Amém!
4-UM CORAÇÃO PARA O REINO-A AMBIÇÃO DO CRISTÃO (Mt:6:19-34)
·
Aqui, Jesus Cristo nos alerta sobre
a excessiva ligação aos bens materiais. (6.19-20). Obviamente que essas palavras não se
aplicam ao trabalho que permite a provisão de cada dia. Jesus não está nos
chamando ao ócio, pois o apóstolo Paulo mesmo disse: “Se alguém não quer trabalhar também não coma”
(II Ts 3.10).
·
Jesus comparou a mente da pessoa com o olho, que deveria funcionar como
um condutor de luz espiritual (6:22). Assim como um problema na vista diminui a
capacidade de enxergar, a alma também, imersa em preocupações mundanas e
apegada à fortuna não pode receber a luz espiritual e, não compreende o real
propósito da vida.
·
A paixão pela riqueza, porém, não é pecado somente dos ricos, mas
de todos os que costumam sonhar com a riqueza e a relacionam com a felicidade.
Jesus nos ensina que tudo o que precisamos na vida recebemos, não
necessariamente pelo nosso trabalho, mas pela graça de Deus, que sendo
um Pai amoroso sempre cuida de seus filhos (6:25-33). Nossa vida e tudo que nos
rodeia são dádivas dadas a nós pelo nosso amoroso Criador. Jesus nos
ensina a estarmos contentes com o que temos e, a nos preocuparmos primeiramente
com a riqueza espiritual e a vida eterna, pois ele mesmo nos promete:” Mas buscai primeiro o seu reino e a
sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”(6.33).
5-OS PADRÕES DE JULGAMENTO NO REINO-OS
RELACIONAMENTOS DO CRISTÃO. (Mt:7:1-6,13-29)
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Um verdadeiro cristão sempre se considera um pecador, aflige-se
com suas próprias imperfeições e pede a Deus para perdoar seus pecados e
ajudá-lo a melhorar ao invés de julgar as pessoas.
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Se não temos uma vida cristã sincera tendemos a enxergar erros dos outros
com facilidade e temos o prazer em julgá-los. Para esses diz Jesus: "como é que dizes a teu irmão: Deixa-me
tirar o cisco de teu olho, quando existe uma trave no teu?".
·
Os líderes judeus julgavam todos sem piedade se consideravam
justos e encontraram deficiências até no próprio Cristo e julgando-o
pela violação do sábado e por partilhar uma refeição com os pecadores!
· Uma pessoa que julga o seu semelhante, se apossa do direito de julgar
que é de Deus e peca gravemente (Tg 4:11,12). Jesus diz que
quanto mais severamente julgarmos os outros, mais severamente seremos julgados
por Deus.(7:2)
· Ao proibir-nos de julgar, Jesus não está encorajando a indiferença em
relação ao mal que acontece ao nosso redor, permitindo práticas pecaminosas que
desagradam a Deus. Jesus nos previne sobre dois extremos: o de ser indiferente
ao mal e o de julgar os outros.
· As virtudes dos verdadeiros
profetas eram evidentes, estes obedeciam a Deus e sem temer apontavam o
pecado do povo; se destacavam por sua atitude rigorosa, em relação a
si próprio e aos outros, seu propósito de vida era encaminhar o povo ao
Reino de Deus e, suas atividades causavam impacto e mudança na sociedade.
· Os falsos profetas bajulavam o
povo, assegurando seu sucesso na maioria da população e a graça das autoridades
poderosas. Eles acalentavam o povo com promessas de prosperidade que levava a
decadência moral da sociedade. Os falsos profetas apareceram
em tempos de declínio espiritual.Somente
a verdadeira Igreja de Cristo triunfará: "Toda planta que meu Pai celeste não
tiver plantado será arrancada" (Jo. 15:13). Os
falsos profetas enfraquecem a Igreja, roubando-lhes ovelhas descuidadas. Mas os
fiéis não devem se intimidar diante desse fato, pois o Senhor prefere aqueles
que preservam a verdade a uma multidão desorientada.
· No Sermão do Monte compara a vida
com a construção da casa. As tempestades
EXTERIORES são inevitáveis na vida de uma pessoa:incêndios, guerras,
perseguição, doenças incuráveis, morte de ente querido e outros que acontecem
inesperadamente e alteram a vida de uma pessoa. As tempestades INTERIORES também são inevitáveis: paixões furiosas,
grandes tentações, dúvidas sobre assuntos de fé, ataques de raiva, inveja, etc.
·
Toda construção edificada na areia não suportará a pressão e ruirá,pessoas
que vivem em obediência às leis de Cristo, fincados numa rocha sólida não
temem, pois sabem que o Senhor não permitirá que seja testado além do que podem
suportar (1 Co. 10:13).(Pv.
10:25)"Passa a tormenta: o mal
desaparece, mas o justo permanece firme para sempre"
· Jesus nos dá instruções sobre como nos
tornarmos justos e construirmos dentro de cada um de nós
a casa da perfeição espiritual onde habitará o Espírito Santo.
· O maior objetivo nosso deve ser nos
tornarmos parecidos com Deus, mas sempre com a convicção de que Ele nos
aproxima da perfeição não pelo nosso próprio esforço, mas pela graça do Espírito
Santo.
·
No fim narrativo, o evangelista Mateus descreve que a multidão que foi ouvir o sermão ficou
impressionada com a sua doutrina,
porque Jesus a
ensinava como quem tinha autoridade e não como os escribas (Mt 7, 28-29).
Aplicações para a vida;
1. Se formos obedientes a
este código de ética agiremos responsavelmente.
2. Somos ordenados a
influenciar a sociedade.Através da transformação do nosso coração.
3. Pelo ouvir e praticar a
Palavra vem a resistência às tempestades
acontecendo assim a construção de vida na Rocha.
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